quinta-feira, 14 de abril de 2011

Iguaçu/Iguazu – A melhor viagem da minha vida!!!


Quem acompanha o blog talvez lembre que pelo roteiro inicial a visita às cataratas do Iguaçu estava prevista para início de fevereiro, logo depois de Buenos Aires, pois bem, algumas horas antes de embarcar no ônibus lembrei do meu avô, cujo maior sonho era ver esse epetáculo da natureza. Desisti da viagem e segui para Córdoba, neste meio tempo reorganizei meus planos e comprei duas passagens aéreas para meu avô e minha avó irem a Foz do iguaçu me encontrar no início de abril. O gasto “imprevisto”, comprometeria metade do meu roteiro, Bolívia, Peru e Equador correm o risco de ficar p/ próxima, mas querem saber? Cada momento desta semana com os velhos valeu por três viagens ao redor do mundo!!!

Cheguei em Puerto Iguazu (a cidade argentina) com um dia de antecedência para me familiarizar com a região. Na manhã seguinte fui à Foz do Iguaçu (lado brasileiro) para receber os dois. Eles chegaram animados e... com 1 litro de AÇAI na bolsa! Para acompanhar um camarãozinho com legumes, daquele jeitinho que só a vovó sabe fazer. Paraense é fogo! =)


Como nossa trupe não estava para brincadeiras, o primeiro passeio já foi valendo: cataratas brasileiras. O parque é LINDO! Já no primeiro mirante ficamos encantados com a paisagem, parecia que nada seria mais bonito que aquilo, uma série de cachoeiras enfeitadas com um arco-íris, vista de tirar o fôlego...


Dezenas de fotos depois começamos o caminho pelas passarelas e não é que a paisagem ficava melhor ainda? A quantidade de quedas d’água impressionava, formando um cenário espetácular , colorido pelos arco-íris que se formavam por todos os lados. No caminho um grupo de quatis fazia a alegria dos visitantes, desnescessário descrever o quanto estávamos maravilhados, certo? Após 2h de caminhadas com muitas paradas e fotos, fotos, fotos, chegamos a grande atração das cataratas brasileiras, uma passarela construída diante de uma cachoeira ENORME. Vestimos as capas de chuva e partimos para o banho! Diante daquela força só nos restava abrir os braços e agradecer a oportunidade de estar ali!

Na volta para casa demos uma voltinha por Foz e planejamos o dia seguinte: comprinhas no Paraguai. A ida para Ciudad del Este foi tranquila, mas a cidade é CAÓTICA! Só atravessávamos a rua quando era estritamente nescessário e ainda assim morrendo de medo dos carros, caminhões e motos desgovernadas pelo caminho. Vovô comprou uma câmera digital, enquanto eu e vovó nos entregamos às muambas mais miúdas. Os preços, de fato, nos deixaram enlouquecidos!


Após aplacar parte da ânsia consumista fomos conhecer outra maravilha da região: a usina de Itaipú, maior hidrelétrica em geração de energia, considerada uma das 7 maravilhas modernas do mundo! Integramos o circuito turístico especial para conhecer as estruturas externas e internas do complexo. Nossa visita aconteceu em um momento de sorte: o lago da represa tinha excesso de água, por isso o vertedouro estava aberto, espetáculo devidamente registrado pelos velhos com o novo brinquedinho paraguaio.


Os passeios intermediários foram muito divertidos, mas o melhor ainda estava por vir: as cataratas argentinas, que prometiam emoções ainda maiores que o parque brasileiro. Saimos da pousada bem cedo, cruzamos a fronteira e pegamos o ônibus para o Parque Nacional Iguazu, onde um trenzinho super charmoso nos levou à primeira estação para os circuitos de passarelas. Começamos com o circuito inferior, no qual admirávamos as cataratas de baixo para cima. Todas as quedas que vimos de longe no passeio pelo lado brasileiro estavam ali, bem pertinho, nos permitindo entender ainda melhor a força daquelas águas!


Mas para quem pensa que passeio com vovô e vovó é coisa light, aviso: vocês não conhecem os MEUS avós! Desde os primeiros planos da viagem, vovô estava super empolgado para fazer um passeio de barco pelo rio iguaçu, a vovó, apesar de muito relutante com a idéia, puxou um restinho de coragem do fundo do bolso e resolveu nos acompanhar na aventura! Antes de entrar no bote, vimos um outro grupo fazendo o passeio e apesar de chegar bem pertinho das quedas, não parecia nada realmente radical. Vestimos os coletes salva-vidas e nossas queridas capas de chuva e embarcamos. A primeira voltinha é especial para as fotos, flash daqui, flash dali, senhoras e senhores, por favor, guardem as câmeras, pois agora vamos nos molhar! O bote fez o mesmo trajeto daquele que havíamos visto anteriormente, se aproximou do vapor de uma queda d´água imensa, nos deixou ligeiramente úmidos e plenamente felizes.

Quando já estávamos super satisfeitos com a nossa “aventura” eis que o barco volta à primeira cachoeira onde paramos e ai sim, se mete VALENDO na água. Impossível descrever a força daquelas quedas em cima da gente... a água vinha em jatos tão fortes que o início era impossível abrir os olhos, o tanto que bebemos então, matou a sede pelo resto do dia. Eu, SEMPRE CORAJOSA, gritava e dizia “moço, chega pelo amor de DEUS!”, só conseguia pensar “se a gente não morrer agora, selado que a vovó me mata quando acabar”. Em meio a muitos gritos e adrenalina, a visão das cataratas era espetacular! As paredes de pedra a poucos centímetros de distância davam medo, mas ao mesmo tempo nos permitiam entender finalmente o poder da natureza por ali. Um momento inesquecível!!!


Sobrevivemos! E para minha sorte, vovó estava tão feliz que sequer lembrava do medo de antes! Alegres, satisfeitos e MOLHADOS até a ALMA seguimos para o circuito superior, no qual caminhamos por cima das quedas, uma paisagem ainda mais impressionante que as anteriores!


E quando pensávamos que já havíamos visto tudo e que o parque finalmente não teria mais como nos supreender, pegamos o trenzinho novamente rumo à última estação: GARGANTA DO DIABO, a maior das quedas do Iguaçu. No lado brasileiro só conseguimos vê-la de longe, como um grande caldeirão de vapor, no lado argentino, após caminhar mais de 1,5km de passarelas em meio a borboletas brincalhonas que não temiam se aproximar, chegamos a um mirante colocado bem na ponta da cachoeira...

Nem todos os adjetivos do mundo, em caixa alta e negrito, dariam conta de explicar o que vimos por lá! Não é exagero dizer que tenho lágrimas nos olhos só de lembrar... Era tanta água despencando que o vapor formado subia diretamente ao céu formando nuvens fresquinhas bem ali na nossa frente, mas não sem antes formar um belo arco-íris em circulo, que surgia e se apagava de acordo com a nuvem de água em uma brincadeira mágica de esconde-esconde. A única palavra que posso usar para descrever tudo o que vivemos é: PERFEITO!



Antes de voltar para Foz ainda paramos em uma churrascaria para comer um típico assado argentino. Vovô ficou apreciando uma Quilmes enquanto eu e vovó corríamos para comprar vinhos e alfajores para levar p/ casa. O passeio só acabou quase ás 10 da noite, quando já não havia sequer ônibus para voltar ao Brasil. Vovó ficou meio assustada, pensando que ia dormir na praça, mas foi só um terrorismo básico, logo pegamos um taxi e em 15 minutos já estávamos de volta à pousada, ligando para o resto da família para contar as aventuras do dia.

Para encerrar a semana de passeios ainda demos mais um pulinho no Paraguai, onde compramos uma mala extra e... mais muamba! A despedida foi milhada pelo choro da vovó, sempre muito vó e o sorrisão de felicidade do vovô, que havia por fim realizado com louvor a viagem dos seus sonhos! Como todos sabem, a melhor parte de realizar um sonho é justamente poder criar espaço para outros, por isso já estamos planejando a próxima viagem em família. Por hora ficamos com as histórias e as lembranças divertidas deste, que foi sem dúvidas o MELHOR momento desta e de todas as viagens que já fiz até agora!

Aos meus queridos avós, digo: MUITO OBRIGADA PELA COMPANHIA!!!

Beijos enormes a todos
;)

PS: o caixa está baixo, mas o mochilão continua, em breve conto as novidades!

Um comentário:

  1. Oi Polly, agora que vi seu blog, muito legal...continue sempre escrevendo... a sensação, ao ler, é que que fomos juntos com você rs.

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